Intuição e autoconhecimento: o simbolismo das bonecas
No livro As mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés há um conto…
A mulher selvagem é aquela que faz florescer a vida criativa.
É aquela que busca relacionamentos significativos, profundos e saudáveis.
É aquela cujos ciclos de sexualidade, criatividade, trabalho e diversão foram restabelecidos ou está trabalhando para que isso aconteça.
É aquela que supera a falta de experiência ou ingenuidade e que deixa de ser alvo dos predadores.
É aquela cujo cansaço no final do dia tem como origem o trabalho e o esforço satisfatório, e não o cansaço por viver num relacionamento enclausurado, num emprego ou num estado de espírito pequeno demais.
É aquela que sabe quando ir embora e quando ficar.
É aquela que cultiva uma observadora interna permanente.
É aquela que não se curva diante dos mandatos dos outros, como acontece com a mulher moderna diante da publicidade.
É aquela que não aceita o domínio dos outros sobre seu corpo. Dança sozinha ou acompanhada. Conhece a alegria e está conectada com seus instintos e desejos.
É aquela que não permite que alguém lhe diga o quanto deve pesar, quando deve ter filhos ou como deve agir para que os outros a possam aplaudir.
É aquela que se ama sem cair no narcisismo ou no egoísmo.
*Do conto La Loba, do clássico Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés
ADRIANA BOLIS • CRP 12/14.792
ELAIDE LABONDE • CRP 08/18.170