Caminhos para o autoconhecimento

Autoconhecimento é o empenho que fazemos para nos conhecer melhor.

É um caminho que começa quando sentimos um anseio para entender nossos conflitos, nossos sofrimentos, nossas vergonhas, nossas dúvidas, nossos medos e raivas, nossas paixões, nossas alegrias, expectativas, esperanças…

Geralmente iniciamos esse processo quando nos sentimos desconfortáveis e buscamos uma explicação mais profunda.  Queremos entender e não apenas encontrar soluções paliativas.

Nesse caminho não há um ponto de chegada, só de partida.

Chegar não é a meta.

Caminhar é a meta.

Jung, inspirado nos antigos alquimistas, chamou de Opus/Obra o processo de se conhecer. E, na linguagem da Psicologia Analítica, de Processo de Individuação.

Individuação é o trabalho interior efetivado ao longo da vida para nos tornarmos quem realmente somos: seres autênticos que não precisam seguir modismos, receitas prontas, mas ao invés disso, seguem seu coração e cultivam sua Alma.

Mas o autoconhecimento não acontece naturalmente. Exige um esforço, um empenho. Precisamos vencer a lei da inércia a qual proporcionou a estabilidade necessária para a formação do eu, mas que na idade adulta é um empecilho para as mudanças.

Caminhos para o autoconhecimento

Conhecer a si mesmo implica em vários níveis. Mas a auto-observação é o começo de tudo.

Desenvolver a capacidade de observar o corpo, os pensamentos, os sentimentos, os pressentimentos, os sonhos, leva a encontrar significado para as experiências da vida.

E como as histórias contribuem para o autoconhecimento?

As histórias, os mitos e os contos nos ajudam a entender as complexidades da vida. Elas são transmitidas através de uma linguagem simbólica que rapidamente conectam nosso psiquismo.

As histórias retratam os aspectos da experiência humana que são comuns a todos, em qualquer lugar ou época e que são arquetípicas, ou seja, tipicamente humanas. Assim, um mito, uma história ou lenda pode abordar o tema do amor materno, do poder, da intolerância, do amor entre homem e mulher, do processo de crescimento e aquisição de maturidade, da insegurança ou confiança, etc.

Por esse motivo, uma história muito antiga pode ter um valor atual e servir de espelho para nossos conteúdos emocionais, além de ajudar a lidar com questões difíceis que impedem nosso desenvolvimento.

Grupo de leitura e autoconhecimento

As psicólogas Adriana Bolis e Elaide Labonde coordenam um grupo de leitura e autoconhecimento que atualmente se dedica à leitura do livro Mulheres que correm com os lobos, um livro de contos e histórias, uma excelente fonte de autoconhecimento e reflexão tanto para mulheres, quanto para homens que desejam conhecer-se melhor e aprender um pouco mais sobre seu mundo psicológico.

ADRIANA BOLIS • CRP 12/14.792

ELAIDE LABONDE • CRP 08/18.170